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AO DEUS DESCONHECIDO

AO DEUS DESCONHECIDO



Um dos textos mais fascinantes da Bíblia fala-nos da visita de Paulo à Atenas, onde o apóstolo discutiu com alguns filósofos a respeito das Boas Novas e da ressurreição de Cristo. A passagem é uma pérola para todos os que amam filosofia e religião, já que Paulo esbanjou graciosamente todo seu conhecimento histórico e filosófico, dando-lhes uma aula tão cativante que, ao final, alguns deles disseram: “Ei, outra hora queremos te ouvir de novo, hein?” (At. 17.32)
 
Contudo o propósito dessa reflexão não é filosófico, tampouco de história do cristianismo. Quero ser mais contemporâneo. Quero pensar aquilo que vejo e não compreendo na adoração congregacional. Vamos lá!
 
Embora Atenas fosse uma cidade repleta de ídolos, era o berço da filosofia ocidental. Terreno ideal para a discussão de ideias e propostas para uma fé mais coerente, espiritual e, por que não, mais intelectual? Mas quem estaria à altura para discutir com os filósofos de sua época? Evidentemente, um cara tão dedicado à intelectualidade e, ao mesmo tempo, com experiências tão espirituais como Paulo de Tarso.
 
Durante sua visita, Paulo percebe que os caras tinham tantos ídolos que, na falta de mais um, inventaram um com o nome de “Deus Desconhecido”. O apóstolo faz, então, do limão uma deliciosa limonada e usa a situação de forma brilhante: “...andando pela cidade, observei cuidadosamente seus objetos de culto e encontrei até um altar com esta inscrição: AO DEUS DESCONHECIDO. Ora, o que vocês adoram, apesar de não conhecerem, eu lhes anuncio.” (At. 17.23)
 
Foi refletindo exatamente nesse fragmento da história que me questionei: como podem alguns cristãos que sequer frequentam um culto de ensinamento, ou quem dirá uma Escola Bíblica Dominical, intitularem-se “adoradores”? Vejo nestas pessoas todos os traços dos tais filósofos com os quais Paulo debatia.
 
Dos epicureus, esses adoradores contemporâneos herdaram a busca através dos sentidos do máximo possível de satisfação, afastando toda e qualquer forma de sofrimento, do tipo: “Estudar Bíblia para quê, se eu posso sentir o “mover” durante a adoração e me ver livre de todos os males?”
 
Já dos estóicos, os adoradores do culto de domingo herdaram o doce desejo de aceitar a “vontade” de Deus: “Ah... se Deus quisesse que eu fosse estudioso da Palavra teria me feito pastor, e não adorador...”
 
Quais os desdobramentos dessa postura? Os que amam a adoração e rejeitam o estudo dedicado da Palavra mergulham em modismos tão superficiais que me fazem dizer como Paulo disse aos Gálatas: “Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho” (Gl. 1.6-7).
 
Refiro-me a modismos tão grotescos que recuso-me a citá-los, mesmo porque, suas práticas são tentativas ridículas de, a exemplo de Moisés, manter reluzente o brilho do véu quando esse já se foi há muito tempo.
 
É verdade que muitos dos fãs dos fabricantes da “adoração extravaSante” dirão a meu respeito como disseram sobre Paulo, os epicureus e os estóicos: “O que está tentando dizer esse tagarela? Parece que ele está anunciando deuses estrangeiros” (At. 17.18). É, parece, mas não é.
 
Ei, será que vocês não percebem que tal como os atenienses vocês estão apenas em busca de novidades, quando, na verdade, a verdadeira adoração foi ensinada e pautada por Jesus em dois simples pilares: espírito e verdade? O que passar disso, é mentira extravagante.
 
Minha oração é que, na busca de uma adoração extra-bíblica, os garotos dessa geração não se percam. Que eles entendam que o ato profético mais contundente foi o de Jonas – e este, nos basta!
 



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