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A Circuncisão está relatada na Bíblia em um momento da história que se data em aproximadamente 1920 aC (Thompson). Essa prática não foi exclusividade do povo hebreu, pois outras civilizações a praticavam.
Mas a questão aqui a ser destacada é a indicação Divina de que a prática era algo saudável e deveria ser aderida pelos homens hebreus.
Civilizações antigas também possuíam uma tradição voltada para a religião, e foi das práticas religiosas e de um contexto cerimonial que sempre surgiram. O conhecimento remoto desta prática pode ter vindo da Divindade. Assim como ao chegar em Canaã, Abraão já encontra o Sacerdote Melquisedeque (Gn 14:18) que era comum a Divindade que Abraão adorava, e a ele deu o dízimo, outras práticas podem ter sido comuns ao Deus dos hebreus - YHWH.
A circuncisão era muito útil na Palestina antiga pela falta de disponibilidade da água. A higiene se restringia às mãos e pés (Gn 18:4) e o banho fazia parte dos rituais cerimoniais (Lv 14:8).
A circuncisão é a retirada de uma parte da pele do membro sexual masculino; o pênis possui uma pele retrátil que cobre a glande (cabeça do pênis). Essa pele é de tecido epitelial mas internamente em sua base o tecido é glandular.
A remoção do prepúcio é útil por dois motivos:
"Acúmulo de dados epidemiológicos têm demonstrado que a circuncisão masculina é um fator importante de proteção contra a infecção pelo HIV do sexo masculino heterossexual na África subsaariana e provavelmente contribui para as acentuadas diferenças de prevalência de HIV. Esta é uma revisão de estudos Africano sobre a associação entre circuncisão masculina e infecção pelo HIV, a origem da prática da circuncisão nas sociedades humanas, os mecanismos de prepúcio potencial para aumentar a vulnerabilidade à infecção pelo HIV do sexo masculino heterossexual, sua associação com outras doenças infecciosas e neoplásicas, as controvérsias sobre a conveniência da circuncisão masculina como uma estratégia de controle de HIV na África, a escassa literatura brasileira sobre circuncisão masculina e as perspectivas de pesquisas futuras".
A circuncisão era um intervenção cirúrgica ou mais propriamente micro-cirurgia. Foi realizada nos primórdios das civilizações com facas de pedras (Ex 4:25 - Idade da Pedra?).
A ênfase aqui está na revelação que Deus faz aos homens (civilizações antigas ou hebreus) para assegurar uma manutenção na saúde da humanidade.
A circuncisão foi uma revelação divina na Bíblia, e pode ter sido também nas civilizações anteriores que a praticavam antes dos hebreus.
A prática tinha um caráter cerimonial e profilático; é esta última medida que coloca a prática como o elemento sobrenatural na revelação bíblica.
O significado espiritual também tem sua relevância - "Circuncidai-vos para o SENHOR, circuncidai o vosso coração, ó homens de Judá e moradores de Jerusalém, para que o meu furor não saia como fogo e arda, e não haja quem o apague, por causa da malícia das vossas obras" Jeremias 4:4.
A circuncisão apontava para uma 'operação' no coração do homem, onde Deus diz: " Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne" Ezequiel 36:26.
A circuncisão apontava para a intervenção sobrenatural da Divindade no coração humano, retirando o 'mal' do coração humano e colocando o 'bem'.